O que é o IBC-br?
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br), divulgado desde março de 2010, tem como objetivo estimar a evolução da atividade econômica do país, contribuindo então para a elaboração da estratégia de política monetária, uma vez que ajuda na antecipação das tendências de inflação. Trata-se de um indicador de periodicidade mensal, que incorpora variáveis consideradas importantes para o desempenho dos setores da economia.
Sua relação com o PIB
Por se tratar de um indicador agregado de atividade, a variação do IBC-Br é frequentemente comparada à do Produto Interno Bruto (PIB). No cálculo da taxa de crescimento do PIB e do IBC-Br, utiliza-se a estrutura do Sistema de Contas Nacionais (SCN) para a seleção e o uso dos indicadores de aproximação empregados na apuração. Entretanto há diferenças conceituais, metodológicas e mesmo de frequência na apuração dos dois.
Sua importância
A construção do IBC-Br foi motivada pela inexistência de indicador agregado de atividade econômica de frequência mensal que permitisse sintetizar e avaliar, em maior frequência, o estado da economia, em contexto de decisões de política monetária, uma vez que a variação do PIB é publicada trimestralmente. Publicado cerca de quarenta e cinco dias após o mês de referência, o IBC-Br tem se mostrado particularmente importante nos primeiros meses de cada trimestre.
Destaques do resultado do IBC-Br em junho
O IBC-Br do mês de junho variou 1,14% em relação ao de maio, ficando acima das expectativas do mercado de 0,5%. Com este resultado, o IBC-Br acumulado em 12 meses, em junho, é de 2,33% sem ajuste sazonal e, em 2021, ele acumula alta de 7,01% também sem ajuste sazonal.
Analisando os resultados do IBC-Br até junho de 2021 nota-se uma recuperação da atividade econômica que oscila de acordo com o cenário da pandemia do COVID-19. Portanto, a condição necessária para uma recuperação robusta é que o ritmo de vacinação seja suficientemente grande para conter a disseminação da variante delta do COVID-19 e, desta maneira, permitir que os setores de comércio e serviços consigam deslanchar, o que ainda não ocorreu. Posto que o comércio apresentou uma queda expressiva em junho, registrando a segunda pior taxa do mês em toda a série histórica e o setor de serviços apresentou crescimento pelo terceiro mês consecutivo pela primeira vez no ano apenas no final do 1º semestre.
Gabriel Pigato
Kevin Mattos
Nathalia Rubio
Samy Dzialoschinsky