O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deste mês variou 0,83%, ficando acima das expectativas do mercado de 0,7%. Com este resultado, o IPCA acumulado em 12 meses passou de 6,7% em abril para 8,1% em maio e, em 2021, o acumulado é de 3,22%.
Os grupos que tiveram a maior variação positiva foram Habitação (1,78%), Artigos de residência (1,25%), Transportes (1,15%) e Vestuário (0,92%).
Ponderando a variação com o peso de cada grupo na composição do IPCA nota-se que o grupo de Habitação teve o maior impacto na variação do IPCA, sendo responsável por uma alta de 0,27 p.p, seguido pelo grupo de Transportes, que representou uma alta de 0,24 p.p no acumulado de 0,93p.p.
Destaque também para a inflação dos preços administrados que variou 2,11% e para a inflação de serviços que teve deflação de -0,15% no mês, ainda que acumule alta de 1,8% em 12 meses.
Desde do ínicio deste ano observa-se um movimento rápido de convergência da média dos núcleos da inflação —medida que busca captar a tendência dos níveis de preços desconsiderando choques temporários — para o centro da meta.
A expectativa é de que o IPCA feche o ano acima do teto de 5,25%, e que a média dos núcleos fique próxima do centro da meta de 3,75%.
Gabriel Lima
Kevin Mattos
Nathalia Rubio
Randre Cardoso
Vinicius Ratola
Uma resposta para “Alerta | IPCA atinge alta de 8,1% em 12 meses”
[…] Além dessa medida, para a economia doméstica, somam-se a injeção de liquidez, flexibilização das medidas de distanciamento social e cronograma de vacinação. Tais fatores, como consequência, aceleram a demanda, sobretudo, do setor de serviços, que tem relevância significativa na economia brasileira. Já no cenário internacional, temos um grande impulso na demanda do setor de commodities, principalmente por produtos minerais e vegetais por parte de China e Estados Unidos, contribuindo para uma maior pressão inflacionária no cenário interno. […]