ALERTA MACRO – Selic é elevada para 6,25% ao ano


Para retomar as rédeas da inflação, o Banco Central do Brasil, através do COPOM – Comitê de Política Monetária – eleva a taxa básica de juros, pela quinta vez consecutiva, atingindo o seu maior patamar em 3 anos. Seu aumento, nesta última quarta-feira, foi de 1p.p., confirmando as expectativas do mercado. Apesar dos aumentos recentes, ainda podemos esperar – pelas próprias sinalizações do BCB e pelo Relatório Focus – outros novos aumentos até o final do ano.

Expectativas de mercado

Desde março, o COPOM vem manifestando sua intenção de permanecer elevando a taxa básica de juros, atingindo atualmente a quinta alta consecutiva e sinalizando que na próxima reunião, no dia 27 de outubro, haverá uma nova alta de, possivelmente, 1 p.p. 

Esses aumentos visam, como objetivo primário, conter o avanço da inflação. De acordo com as expectativas de mercado divulgadas pelo relatório Focus de 17/09/2021, é esperado que o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo – do ano de 2021 encerre com uma variação positiva em 8,35%, sendo essa a 24ª revisão consecutiva de alta para esse indicador. Ainda haverá mais duas reuniões do Comitê de Política Monetária até o final do ano, e as projeções de mercado mais atualizadas passaram de 8% para 8,25% em 2021.

Com a elevação da taxa básica de juros, é esperado que a inflação do próximo ano venha a convergir em direção ao centro da meta de 2022, que foi definida pela CMN como 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual. Ainda assim, o mercado estima que a inflação permanecerá acima do centro da meta de 2022, atingindo 4,10%, sendo essa a 9ª revisão consecutiva para o IPCA de 2022.

Gabriel Lima

Nathalia Rubio

Randre Cardoso

Vinícius Ratola


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