Primeira mulher CEO de um banco de capital aberto brasileiro e uma das pioneiras no mundo, Ana Karina Bortoni Dias é a atual membro do conselho de administração e Presidente do Banco BMG e uma das maiores lideranças femininas no mercado financeiro hoje.

Bacharel em Química e mestre na mesma área pela Universidade de Brasília, Dias mudou sua trajetória ao não seguir a carreira como cientista e entrou na consultoria McKinsey & Company, na qual permaneceu por quase 20 anos, sendo nove deles como sócia. Apesar da mudança em sua carreira, Dias revela que sua formação plural foi muito relevante para seus próximos passos. “A química orgânica te ajuda a formar uma visão impessoal das coisas, além de reforçar muito a lógica, algo imprescindível no setor financeiro”.

Na empresa americana se especializou no segmento de finanças e também teve a oportunidade de virar conselheira de diversos CEOs, que permitiram a ela um expertise em gestão e inovação financeira. “Uma consultoria dá uma visibilidade de helicóptero sobre o que ocorre numa empresa”. Assim, após quase 19 anos na McKinsey, com vontade de encarar novos desafios e com as conexões feitas durante esse período, foi convidada pelos acionistas do Banco BMG para integrar o conselho e desenvolver projetos. Depois de ocupar o cargo por oito meses, no fim de 2019, foi chamada para ser CEO da instituição.

Desde o início de sua gestão, a instituição já passou por diversas mudanças e viu durante a pandemia do novo coronavírus a oportunidade de acelerar seu processo de digitalização, operando por meio de canais físicos com automatização. Para ela, o investimento no modelo de fintechs vai de encontro com uma das missões do banco, hoje um dos maiores na concessão de crédito consignado no Brasil, de popularizar serviços financeiros. Como resultado desses esforços, Ana Karina foi a vencedora na categoria CEO do ano da premiação “Consumidor Moderno” de 2021.

Além disso, Dias reconhece que para concretizar o que almeja e o que enxerga como o futuro, é preciso muito mais que um banco digital e sua trajetória é uma prova viva disso. “Não adianta trazer a nova proposta de banco digital completo se não trouxer um olhar mais diverso, com maior equidade de gênero e racial, e um ambiente em que as pessoas se sintam incluídas”. Além de promover ações pró-diversidade, um dos pilares culturais da companhia, a executiva revela seu esforço para que mulheres consigam ter a mesma chance que teve; e claro, ser protagonista de mais mudanças e inovações.

Referências

https://exame.com/revista-exame/a-executiva-do-dinheiro/ Acesso em 10/11/2021.

https://www.istoedinheiro.com.br/a-mulher-por-tras-do-bmg/ Acesso em 10/11/2021.

https://forbes.com.br/forbes-money/2020/12/a-gestao-de-ana-karina-bortoni-primeira-mulher-ceo-de-um-banco-brasileiro/ Acesso em 10/11/2021.

https://www.infomoney.com.br/economia/ana-karina-bortoni-do-banco-bmg-e-finalista-na-categoria-ceo-do-ano-no-premio-consumidor-moderno-2021/ Acesso em 10/11/2021.