Mulheres no MF #06 – Sandrine Ferdane


Sandrine Ferdane, atual CEO do BNP Paribas Brasil, está na multinacional há quase 27 anos e iniciou sua carreira em finanças na área de Structured Finance, em Exports Finance. Contudo, a carreira que construiu nas útlimas décadas é bem diferente do que a própria executiva imaginava para si durante sua adolescência.

 

Nascida na França, Sandrine teve seus primeiros passos longe do mercado financeiro, dedicada à música: muitos anos de sua vida foram passados em um conservatório de música clássica. Seu caminho se enveredou pelas finanças a partir da escolha da graduação, quando fez Ciências Políticas em LUISS University (Itália) e MBA na Lyon Business School of Management. Desde então, construiu sua carreira no multinacional francês BNP Paribas: a executiva iniciou sua trajetória no banco em Structured Finance, em 1992, aonde foi promovida a Head de Export Finance Brazil, em 1999; expandiu sua cobertura para Head de América Latina no mesmo segmento, depois para Head de Corporate Coverage no Brasil e, por fim, a seu atual posto: CEO da unidade brasileira do BNP Paribas.


A área de Structured Finance, onde Sandrine iniciou sua carreira, compõe o segmento de Financing Solutions do banco francês, e consiste na construção de soluções personalizadas para clientes corporativos conforme suas demandas de crédito, além de emissão de bonds. Export Finance, segmento inserido em Structured Finance, está relacionado à concessão de crédito por meio de agências de crédito para exportação e tem como clientes exportadores e importadores de bens de capital e serviços. Em Export Finance, o time também é responsável por algumas oportunidades de “cross-sell”, voltadas para produtos de Renda Fixa, Corporate Finance, Project Finance e trading de commodities. O produto de financiamento estruturado focado em exportação tem sua relevância em seu potencial de aliviar o capital de giro das companhias exportadoras, ao conceder crédito personalizado para determinadas atividades de produção e logística.


Sandrine, que faz parte do restrito número de 9% de CEOs que são do sexo feminino, é categórica ao afirmar que além dos desafios da inserção feminina no mercado financeiro, ainda há uma dispersão em cargos mais sêniores. A solução, para ela, reside em capacitar mulheres, incentivá-las a buscar posições de liderança e romper com a forte tendência de que mulheres sejam menosprezadas em ambientes predominantemente masculinos. Para a CEO, “a solução não é mulheres entrando e se adaptando a esse mundo de homens, mas contribuindo e transformando esse mundo executivo. Não é um combate, e sim uma parceria”.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *